No horizonte de algum lugar,
entre o nada e o fim do mundo,
há uma mulher sem nome,
sob um sol que tudo queima.
Ela tem as mãos vazias,
e cobre os olhos pra enxergar,
no horizonte de algum lugar,
o que ninguém mais vê.
Na terra onde o sol
traz a morte, não a vida,
onde a pólvora beija o chão,
em rotineira despedida;
Na terra onde o ódio
transformou a poesia -
de versos pra sentenças
de morte e rebeldia...
Na terra onde o lar
é um nome numa pedra,
e crianças são educadas,
sem livros, sobre a guerra;
Na terra onde mulheres
parem certidões de óbito
de vidas destinadas
a ceifa pelo ódio...
Uma mulher sem nome caminha.
E no horizonte desse lugar -
a beira do fim do mundo -
ela veste... verde.
[Cubra os olhos, querida,
e me ensina a tua sina
que meus versos perecíveis
não conseguem descrever!]
No horizonte de Susyia,
só o seu hijab é verde:
a esperança, que eu não via,
cobre o seu corpo inteiro.
entre o nada e o fim do mundo,
há uma mulher sem nome,
sob um sol que tudo queima.
Ela tem as mãos vazias,
e cobre os olhos pra enxergar,
no horizonte de algum lugar,
o que ninguém mais vê.
Na terra onde o sol
traz a morte, não a vida,
onde a pólvora beija o chão,
em rotineira despedida;
Na terra onde o ódio
transformou a poesia -
de versos pra sentenças
de morte e rebeldia...
Na terra onde o lar
é um nome numa pedra,
e crianças são educadas,
sem livros, sobre a guerra;
Na terra onde mulheres
parem certidões de óbito
de vidas destinadas
a ceifa pelo ódio...
Uma mulher sem nome caminha.
E no horizonte desse lugar -
a beira do fim do mundo -
ela veste... verde.
[Cubra os olhos, querida,
e me ensina a tua sina
que meus versos perecíveis
não conseguem descrever!]
No horizonte de Susyia,
só o seu hijab é verde:
a esperança, que eu não via,
cobre o seu corpo inteiro.