Terra Lusa de minhas raízes,
hoje trazes as lágrimas ao Tejo,
onde o vento sopra, de minhas matizes,
a nau...
Terra que me acolhe com um beijo,
sou um poeta partido ao meio:
além-mar está tudo quanto meu passado encerra -
uma até que boa vida,
uma mãe que me chora a partida,
a noiva que saudosa me espera...
Mas aqui, ó Terra Lusa,
teus fulgores cantam minhas ânsias em Fados!
Tuas praças, cafés e Chiados
são o berço de meus dolorosos versos...
As amadas moças lusitanas,
das cantigas antigas, das recentes Alfamas,
não compõem o sacro traço dos azulejos...
- mas o sol! Quanto me põe admirado!
[talvez seja o vinho, o tabaco, o Fado...]
Aqui sonho a poesia do impossível...
E acordo.
Aqui sonho a poesia do impossível...
E acordo.
Lágrima lusa que me fascina,
Ah! Portugal... corto na carne:
Ah! Portugal... corto na carne:
Terra de ladeiras e de [minhas] ruínas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário