As estranhas pessoas passam
Nauseadas ante os muros da cidade.
Neles, olhos, bocas e cicatrizes
se fecham e se abrem à realidade.
A ressaca pintou-se diferente
em cada esquina, sob o rótulo da paz.
Paz que não encontro no que vejo,
beijo de pólvora que não satisfaz.
O domingo de sol com pacifistas
ensanguentou-se com a marcha dos soldados.
As orações (segregadas) em vigília
não livraram os desesperados.
Deus nunca coube na poesia
dos combatentes separados pelos muros.
O ressentimento resta nesses dias
De memórias e presentes absurdos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário