A serpente negra que dormia lá fora
e arrastava-me as noites mal dormidas
entrelaçou-se à vista da janela,
pediu parada em vez de partida.
Não fosse o amarelo desta lida,
não fosse o outono de outrora,
a serpente negra estremecida
não apelava o passo de agora.
Negra estrada, passos negros,
bailarina no escuro do segredo,
meus olhos ingênuos perdem-se
em tuas cores sem matiz...
Quero o querer do teu silêncio,
sedutora estrada contorcida,
adivinhar-te o fim e todo o meio,
‘inda que sejas sem saída.
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