Claro
que estou bem!
Nestes
dias iluminados
Os
mais iluminados do ano,
que
inspiram a ausência
absoluta
da saudade.
Saudade
nenhuma hoje:
Primeiro
dia do verão,
aqui
dentro de mim,
onde
acaba a primavera
Sem nunca acabar.
Invencível.
Estupidamente
invencível!
Fora
de mim é outono.
Outono
moribundo, condenado!
Do
lado de fora
o
inverno bate na porta!
Justo
hoje,
dia
em que começa o verão,
faz
frio no meu Hemisfério.
E
as flores primaveris
que
imaginava estarem vivas
Sucumbem
à geada dos dias
Estão
morrendo fétidas.
Preciso
de ar!
Preciso
abrir a porta,
Não
obstante ao inverno
Que
bate cada vez mais alto!
Preciso
salvar minhas flores,
E,
talvez, no deleite dos olhos
[Melhor
contrapartida
da
nova estação de gelo]
lembrar
que estes são
os
dias mais obscuros do ano.
Que,
não obstante a dor na pele
E a luz limitada dos dias
Há o mais nítido azul acima de nós.
Minhas
flores irão ressurgir!
Pois
a estação que chega
está
gestando a primavera
e
devolvendo aos poucos
os
minutos tomados pelo
finado
outono...
[E como sinto saudades!]
É
a vitória do Sol,
É "Sol Invictus"!
“Todos sabem que hoje
começa o verão
Ninguém sabe em qual
hemisfério
Na mão, a chave que abre o
salão
Só falta encontrar a porta
Simples assim, simples
assim”
(Humberto Gessinger)
Outono é outra primavera, cada folha uma flor.
ResponderExcluirAlbert Camus