Eu queria que meus versos rimassem
a dor perene de um amor proibido
com a excitação da juventude eterna
dos loucos amantes que morrem aos vinte.
Eu queria que as flores no caminho
cheirassem à primavera de teus seios,
e a lua me viesse tocar à face
nos teu beijos de boa noite, longínquos.
Eu queria que o sol me nutrisse a alma,
que o céu me consumisse a calma,
que as paixões me fossem urgentes,
como o ar que eu respiro.
Mas o beijo que vejo é o do morteiro com a terra
onde o homem escolheu esgotar a poesia.
Lá fora, não encontro uma rima pra guerra,
e outra arma química sufocou o amor.
Duma, Abril de 2018.
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