domingo, 29 de abril de 2018

Sol do Oriente

Eu deixei um oceano pra trás,
e trouxe comigo o peso do mundo.
Remo, navego, não nego,
mas, vento, teu sopro, no fundo - 
sopra errante, mas eu não erro,
teu sopro me empurra
mas não é profundo. 

Eu deixei um oceano pra trás
e parei numa ilha ilusoriamente real,
meu destino, meu norte, que sorte,
vem do oriente com ferida mortal - 
sol do deserto, eu desertei,
da tepidez que outrora encontrei
em minha terra natal.

Eu deixei um oceano pra trás
e nele se afogou o meu fim. 
Mar imenso, salgado, agitado,
vivo à deriva de mim - 
o sol de minha terra, outrora,
brilhou, mas não brilha agora,
resta um suspiro, enfim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por-do-Sol na Sunbridge Road

Às cinco da tarde  de um dia amarelo, a liberdade míngua à sete chaves no claustro de um apartamento - mas a lua da tarde, dona de ...